Dr. Felipe Calmon - Neurocirurgião

14 de outubro de 2024

Cirurgia de correção de escoliose: como é realizada?

Cirurgia de correção de escoliose: como é realizada

A cirurgia de correção de escoliose é realizada para alinhar a coluna vertebral, utilizando parafusos e hastes para corrigir a curvatura e estabilizar a estrutura da coluna.

A cirurgia de correção de escoliose é um procedimento que visa corrigir a curvatura anormal da coluna vertebral, que caracteriza a escoliose. A escoliose pode ter diferentes causas, como congênita, idiopática ou degenerativa, mas em todos os casos, quando a curvatura ultrapassa certo grau e causa dor ou limitação funcional, a cirurgia pode ser indicada. O principal objetivo do procedimento é alinhar a coluna e estabilizar os segmentos vertebrais para evitar a progressão da deformidade.


Para isso, o neurocirurgião ou ortopedista especializado utiliza instrumentos como parafusos, hastes e enxertos ósseos para realinhar a coluna e manter essa nova posição durante o processo de fusão das vértebras. Embora seja uma cirurgia complexa e invasiva, os resultados costumam ser satisfatórios, proporcionando ao paciente melhora na postura, na dor e na qualidade de vida.



O tempo de recuperação e os cuidados pós-operatórios são fatores importantes para o sucesso da cirurgia. Pacientes devem estar cientes de que o processo de recuperação é gradual, podendo durar meses até a fusão completa das vértebras. Além disso, entender quando a cirurgia de correção de escoliose é indicada e os riscos envolvidos é essencial para uma decisão informada.


Como é feita a cirurgia de correção de escoliose?

A cirurgia de correção de escoliose envolve várias etapas, que são planejadas minuciosamente com base em exames de imagem, como radiografias e tomografias. O procedimento é realizado sob anestesia geral e começa com uma incisão nas costas do paciente, que pode ser feita ao longo da coluna ou em áreas específicas, dependendo da gravidade da curvatura.



Durante a cirurgia, o cirurgião coloca parafusos ao longo das vértebras afetadas e conecta esses parafusos a hastes metálicas que ajudam a realinhar a coluna. Em muitos casos, são usados enxertos ósseos para promover a fusão das vértebras e garantir a estabilidade da correção. Esse processo de fusão pode levar meses para se completar, e durante esse período, as vértebras se solidificam em uma nova posição, mantendo o alinhamento adequado.


A técnica cirúrgica pode variar, podendo ser feita por via posterior (nas costas) ou anterior (pela parte frontal ou lateral do tronco), dependendo das características individuais de cada caso. Em casos mais severos, pode ser necessário combinar as duas abordagens. A escolha da técnica depende de fatores como a extensão da curvatura e a idade do paciente.


Etapas da cirurgia de correção de escoliose

  1. Incisão e exposição das vértebras: O cirurgião faz a incisão e expõe as vértebras da coluna para ter acesso à área a ser corrigida.
  2. Inserção de parafusos e hastes: Parafusos são colocados em pontos estratégicos das vértebras e conectados a hastes metálicas para realinhar a coluna.
  3. Colocação de enxertos ósseos: Enxertos ósseos são posicionados para promover a fusão das vértebras.
  4. Fechamento da incisão: Após garantir que a coluna está devidamente alinhada, o cirurgião fecha a incisão e finaliza a cirurgia.


Quando é indicada a cirurgia de correção de escoliose?

A cirurgia de correção de escoliose é indicada em casos onde a curvatura da coluna ultrapassa 40 a 50 graus, o que pode causar dor, deformidade significativa e prejuízo às funções respiratórias e cardíacas. Em casos mais leves, o tratamento conservador com uso de coletes e fisioterapia pode ser suficiente para estabilizar a coluna, mas, quando esses métodos não são eficazes, a cirurgia torna-se a melhor opção.



Pacientes jovens, com escoliose idiopática adolescente, frequentemente necessitam de cirurgia para evitar a progressão da curvatura durante o crescimento. Em adultos, a escoliose degenerativa, causada pelo desgaste natural dos discos intervertebrais e das vértebras, também pode requerer intervenção cirúrgica para aliviar a dor e restaurar a função.


Além disso, pacientes que apresentam sintomas como dor crônica nas costas, desvio visível da coluna, comprometimento respiratório ou perda de função neurológica são candidatos para a cirurgia. A decisão deve sempre ser baseada em uma avaliação detalhada do neurocirurgião ou ortopedista.


Fatores que indicam a necessidade de cirurgia

  1. Curvatura maior que 40 a 50 graus.
  2. Dor crônica nas costas que não responde a tratamentos conservadores.
  3. Progressão rápida da curvatura, especialmente em adolescentes.
  4. Impacto na função respiratória ou cardíaca devido à deformidade.
  5. Presença de sintomas neurológicos, como fraqueza ou dormência nas extremidades.


Quanto tempo demora a cirurgia de correção de escoliose?

A duração da cirurgia de correção de escoliose depende de vários fatores, como o grau da curvatura e a técnica utilizada. Em média, a cirurgia pode durar entre 4 a 8 horas, dependendo da complexidade do caso. Cirurgias que envolvem curvaturas maiores ou que necessitam de correção em várias vértebras tendem a ser mais demoradas.


O tempo de hospitalização após a cirurgia também varia, com a maioria dos pacientes permanecendo no hospital de 3 a 7 dias. Durante esse período, é monitorada a recuperação inicial, controle da dor e o início da fisioterapia leve.



A recuperação completa, incluindo a fusão total das vértebras, pode levar até 12 meses. É importante seguir as orientações médicas para garantir a cicatrização adequada e minimizar os riscos de complicações.


Cirurgia de correção de escoliose tem riscos?

Embora a cirurgia de correção de escoliose seja considerada segura e eficaz, ela envolve alguns riscos. Complicações incluem infecção, sangramento excessivo, lesões nos nervos espinhais e problemas relacionados à fusão óssea. Em casos raros, pode ocorrer a falha dos implantes utilizados para corrigir a curvatura.


Lesões nervosas são uma preocupação, já que a cirurgia envolve manipulação próxima à medula espinhal e aos nervos. Isso pode resultar em fraqueza temporária ou permanente em alguns casos, embora o uso de monitoramento neurofisiológico intraoperatório ajude a minimizar esse risco.



Além disso, a fusão incompleta das vértebras pode exigir uma segunda cirurgia. No entanto, os avanços nas técnicas cirúrgicas e o uso de implantes modernos reduziram significativamente os riscos.


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